Monday, February 11, 2013

Em relação à discussão em torno dos cortes ou poupanças no orçamento de estado acho que falta saber...

... o seguinte:

Quais os pressupostos base para cortar?
Não me interpretem mal, eu estou convicto que há muito por onde
ajustar, cortar, poupar, tornar eficiente sem colocar em causa os
níveis de serviço a que os Portugueses estão habituados, ou mesmo
melhorando esses níveis de serviço. E posso citar exemplos que os meus
amigos das forças policiais, do exército e da saúde pública irão
certamente compreender e rever-se.
No entanto acho que toda esta discussão deveria ter outra origem.
Deveria começar como outros processos de orçamentação começam - o
estado não deve fazer contas a cortes sem saber como e quanta receita
pretende arrecadar. Neste caso indicando aos Portugueses quanto é que
pensa cobrar-lhes em termos de impostos.
Se todos estamos certos que a actual carga fiscal é excessiva (e
concordo com o Fernando Ulrich quando ele refere que se mais
austeridade nos fosse imposta, teríamos de a suportar, nem que fosse
enquanto mendigos), se é excessiva, qual é o nível adequado?
É uma taxa única de 25%, como muitos sugerem e outros colocaram em prática?
É um regresso aos níveis fiscais pré-troika?
Enquanto não soubermos responder nunca saberemos se 4mil milhões é
muito ou pouco ou mesmo suficiente.