Recentemente tem sido noticiadas as demissões dos órgãos de gestão de empresas públicas e / ou de PPP’s.
Ilustro este facto com dois exemplos: o caso do Hospital Curry Cabral e mais recentemente o da ANF – Associação Nacional de Farmácias. Os motivos alegados pelos respectivos gestores para as respectivas demissões têm sido o desacordo com as orientações dadas pelo Governo em matéria de cortes de despesa e de melhoria da eficiência no funcionamento dessas instituições.
Colocado perante estas atitudes a questão que me assoma é a seguinte: que competências têm estes gestores quando apenas aceitam gerir em tempo de ‘vacas gordas’, quando os recursos são pouco ou nada limitados?
Não há maior desafio de gestão, alias a própria gestão define-se por isso, que a alocação eficiente de meios e recursos aos propósitos mais vantajosos para os stakeholders.
Nota-se nestas atitudes que apesar do Estado ter começado a assumir o papel de representar os verdadeiros stakeholders, que somos efectivamente todos nós que temos interesse na eficiente gestão dos dinheiros dos avultados impostos que pagamos, há gestores que preferem, na manutenção do status quo, que os dinheiros públicos continuem a ser desbaratados.
Permitam-me concluir então que essas demissões acabam por ocorrer em benefício da maioria dos contribuintes, e consequentemente do Estado.