Tuesday, December 30, 2008

Norte liderou retoma da economia

Norte liderou retoma da economia

A verdadeira surpresa dos dados recentemente divulgados pelo INE sobre o crescimento da economia nacional está no facto de o Norte ter sido a região motora da recuperação económica. Este foi o alerta lançado, esta quarta-feira, no Porto, por Carlos Lage.

O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) - que falava em conferência de imprensa para dar conta da primeira reunião, realizada ontem de manhã, do Conselho de Coordenação Intersectorial do Norte (CCIN) - desvalorizou o facto de a região de Lisboa ter registado um crescimento acima da média europeia.

"É sabido que as capitais obtêm, sempre, um crescimento desse tipo", realçou.

Carlos Lage salientou que quem "quiser olhar com atenção" para as estatísticas constata que, após um período de estagnação ou crescimento débil da economia portuguesa, não foi Lisboa que contribui para a recuperação da economia nacional.

"Lisboa esteve, nesse período, abaixo da média nacional. Em 2007, houve um crescimento de 2,4% no Norte, ao passo que Lisboa ficou abaixo dos 1,9%", frisou. O presidente da CCDR-N lamentou que a região de Lisboa revele dificuldade em afirmar a sua capacidade produtiva.

Ao analisar os dados sobre a situação económica e social da Região Norte, Carlos Lage chamou a atenção para duas mudanças que considerou importantes: por um lado, o facto de três quartas partes das exportações portuguesas de bens classificados como sendo de alta tecnologia serem da responsabilidade de empresas nortenhas; por outro lado, o facto de os ganhos de produtividade que garantiram, nos dois últimos anos, o crescimento da economia regional, não se alicerçarem no aumento do emprego.

"São duas mudanças muito importantes que vale bem a pena assinalar", realçou.

Aquele responsável criticou, com base nos dados sobre o crescimento económico do Norte, os "comentadores externos à região" que constantemente a classifiquem como "pobre e atrasada".

Carlos Lage augurou que 2009 mantenha o ritmo de transformação do tecido produtivo da região, com uma aposta continuada na inovação. Face ao espectro de um aumento do desemprego e de um mais baixo desempenho da economia nacional, o presidente da CCRDR-N afirmou ser fundamental apostar no social.

Aquele responsável salientou ainda a importância do CCIN na coordenação regional das políticas da Administração Central.

 

Monday, December 29, 2008

Previsões na imprensa: Crise económica acelera inovação tecnológica em 2009

A crise económica é a premissa fundamental das 10 previsões para 2009 que a consultora internacional IDC apresenta hoje sobre a evolução do mercado das tecnologias de informação e telecomunicações em 2009.

 

O contexto económico irá acelerar a transformação que o sector das tecnologias de informação e telecomunicações tem vindo a sofrer nos últimos anos, diz a IDC em comunicado.

 

“Uma economia global estagnada irá actuar como uma panela de pressão sobre o mercado das TI, acelerando o desenvolvimento e a adopção de novas tecnologias e modelos de negócio” refere a este propósito Frank Gens, vice-presidente e analista-chefe na IDC. Uma forte recessão global e uma transformação radical da indústria estão presentes nas 10 previsões da IDC para 2009:

 

1 - O crescimento global das TI’s vai cair para metade, o que colocará em risco os fornecedores que não se reposicionarem em segmentos menos afectados pela crise;

 

2 - As economias emergentes e o mercado das PME’s também sofrerão com o abrandamento mas manterão crescimentos acima da média do mercado;

 

3 - Acelera-se a migração da indústria das TI’s para “Cloud Computing” e outros modelos de prestação de serviços online, essencialmente devido aos custos mais baixos;

 

4 - Acelera-se a migração dos consumidores para o comércio online, com esta categoria a abranger 1,5 biliões de pessoas e 8 triliões de dólares em vendas;

 

5 - A indústria das telecomunicações vai expandir-se e consolidar-se face à necessidade de atingir novas economias de escala, de entrar nos mercados emergentes e de desenvolver novos serviços de valor acrescentado;

 

6 - Os dispositivos móveis terão um ano terrível com quebras de volume de vendas e compressão das margens, apesar do segmento de smartphones e mini—portáteis continuarem a apresentar crescimentos na casa dos dois dígitos;

 

7 - Acelera-se a dissolução da fr onteira entre soluções tecnológicas empresariais e soluções pessoais com a ascensão da web social e a recessão económica, criando novas oportunidades de domínio sobre o sector.

 

8 - Assistiremos à reinvenção das soluções de acesso e análise da informação e de risco face aos problemas dos serviços financeiros e à avalanche de informação gerada pela Internet social e pela generalização do vídeo na Internet;

 

9 - As “tecnologias verdes” terão um bom ano na vaga de soluções que prometem cortar custos de forma sustentada a médio prazo;

 

10 - As iniciativas governamentais catalizarão enormes investimentos em tecnologias de informação e o crescimento da indústria, com iniciativas focadas na recuperação económica, energia, saúde e na melhoria da estabilidade e transparência dos mercados financeiros. A IDC juntou informação gerada por cerca de mil analistas IDC em todo o mundo.