A AFP já apresentou queixas-crime contra desconhecidos à PJ (ler aqui) e agora espera que esta descubra os utilizadores dos sites de partilha de ficheiros protegidos pelos direitos de autor.
Será que estes senhores, que estão confortávelmente instalados atrás das suas sectretárias, não fariam melhor em perceber como é que a indústria acrescenta valor aos consumidores de música, de forma a poder realmente cobrar-lhes dinheiro? É o que estão a fazer Inglaterra e EUA.
Ainda não perceberam que o que vai acontecer é que vai surgir uma qualquer forma de "esconder" o IP de cada utilizador, que vai continuar a permitir fazer downloads de música e filmes? Em vez de tentarem apanhar, quem no fundo gosta de música, e porque afinal de contas até dá algum trabalho procurar e compilar, e custa dinheiro uma assinatura mensal de um ISP, porque não procuram encontrar uma solução inovadora?
Está visto que este formato de vender música em CD's passará, quando muito, a ser um formato para vender a um nicho de mercado, aqueles que, como eu, não têm tempo para pesquisar músicas na net.
O verdadeiro "sumo" de vendas de música está nos consumidores que agora têm tempo disponível para fazer downloads, e na tentativa de perceber que tipo de formato lhes agrada mais, quanto estariam dispostos a pagar por um conjunto de músicas, que tipo de formatos alternativos os atrai (por exemplo a possibilidade de "experimentar" música gratuitamente por um prazo limitado de tempo, a possibilidade de estar em contacto com os artistas mais conhecidos, eventualmente em salas de "chat" pagas), entre outras questões / ideias que certamente essa juventude gostaria de partilhar.
Quanto à iniciativa legal a decorrer "depois de lançada a semente, podem cortar a relva quantas vezes quiserem, que ela continua a crescer"...
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