Wednesday, April 29, 2009

Estou céptico, mas aqui vão alguns conselhos

No seguimento das notícias de casos já confirmados de gripe suína identificada nas populações do México, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, Espanha, Alemanha e Israel, bem como casos suspeitos detectados noutros países, a Marsh identificou os riscos e as medidas que as empresas devem tomar para fazer face a uma possível pandemia humana. Trabalhar em casa pode ser uma opção.

 

Actualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) encontra-se no nível 4 do seu Alerta Pandémico, que se traduz na infecção limitada entre seres humanos e em casos registados em diversos países. Se for declarado o nível 5, a OMS considera ser um “forte sinal de que uma pandemia está iminente e que o tempo para finalizar a comunicação e a implementação das medidas de mitigação já planeadas é curto”, salienta a Marsh, que opera na área da corretagem de seguros e consultoria de risco.

 

As cadeias de fornecimento podem vir a ser afectadas se o vírus se propagar, particularmente se os fornecedores forem provenientes de países com elevada densidade demográfica e onde o acesso à saúde seja muito limitado ou escasso.

 

Uma pandemia pode propagar-se rapidamente, durando muitos meses, e infectar 25% ou mais da população mundial, de acordo com peritos em saúde pública. Muitas organizações acreditam que no pico de uma pandemia severa, mais de 75% dos empregados podem faltar ao trabalho, explica a Marsh.

 

Assim, para fazerem face a este risco, as empresas devem fazer “uma revisão dos seus controlos de gestão de risco, das suas políticas de recursos humanos e outras políticas de pandemias, bem como planos de gestão de crise e capacidades de comunicação de crise. As empresas devem actualizar estes planos baseando-se na ameaça de uma pandemia. Além disso, existem acções preventivas e preparatórias que podem e devem ser tomadas de imediato”.

 

Entre os pontos-chave que as empresas devem considerar imediatamente está a revis ão das políticas da empresa quanto a viagens, higiene e rastreio médico, apoio médico e recurso a anti-virais, incluindo o fornecimento de produtos sanitários anti-bacterianos, máscaras e outros materiais.

 

Além disso, há que “identificar a possibilidade de distanciamento social, bem como outros meios para minimizar a exposição e propagação da doença dentro do ambiente laboral” e “rever os métodos de informação contínua sobre a ameaça de pandemia e a situação da empresa aos funcionários, no trabalho e em casa”. Em centros populacionais, a Marsh aconselha que as empresas assegurarem que estes planos incluem a possibilidade dos empregados trabalharem em casa, se for possível e apropriado.

 

No caso de a OMS aumentar o grau de ameaça para o nível 6 (generalização da infecção em humanos) as empresas necessitam de ter um plano de gestão de crise que inclua elementos adaptados a uma pandemia, incluindo políticas de viagens de negócio, localização dos empregados, distanciamento social e rastreio médico, e planos e processos intensivos de consciencialização e comunicação, refere ainda a análise da consultora.

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