No seguimento das notícias de casos já confirmados de gripe suína identificada nas populações do México, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, Espanha, Alemanha e Israel, bem como casos suspeitos detectados noutros países, a Marsh identificou os riscos e as medidas que as empresas devem tomar para fazer face a uma possível pandemia humana. Trabalhar em casa pode ser uma opção.
Actualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) encontra-se no nível 4 do seu Alerta Pandémico, que se traduz na infecção limitada entre seres humanos e em casos registados em diversos países. Se for declarado o nível 5, a OMS considera ser um “forte sinal de que uma pandemia está iminente e que o tempo para finalizar a comunicação e a implementação das medidas de mitigação já planeadas é curto”, salienta a Marsh, que opera na área da corretagem de seguros e consultoria de risco.
As cadeias de fornecimento podem vir a ser afectadas se o vírus se propagar, particularmente se os fornecedores forem provenientes de países com elevada densidade demográfica e onde o acesso à saúde seja muito limitado ou escasso.
Uma pandemia pode propagar-se rapidamente, durando muitos meses, e infectar 25% ou mais da população mundial, de acordo com peritos em saúde pública. Muitas organizações acreditam que no pico de uma pandemia severa, mais de 75% dos empregados podem faltar ao trabalho, explica a Marsh.
Assim, para fazerem face a este risco, as empresas devem fazer “uma revisão dos seus controlos de gestão de risco, das suas políticas de recursos humanos e outras políticas de pandemias, bem como planos de gestão de crise e capacidades de comunicação de crise. As empresas devem actualizar estes planos baseando-se na ameaça de uma pandemia. Além disso, existem acções preventivas e preparatórias que podem e devem ser tomadas de imediato”.
Entre os pontos-chave que as empresas devem considerar imediatamente está a revis ão das políticas da empresa quanto a viagens, higiene e rastreio médico, apoio médico e recurso a anti-virais, incluindo o fornecimento de produtos sanitários anti-bacterianos, máscaras e outros materiais.
Além disso, há que “identificar a possibilidade de distanciamento social, bem como outros meios para minimizar a exposição e propagação da doença dentro do ambiente laboral” e “rever os métodos de informação contínua sobre a ameaça de pandemia e a situação da empresa aos funcionários, no trabalho e em casa”. Em centros populacionais, a Marsh aconselha que as empresas assegurarem que estes planos incluem a possibilidade dos empregados trabalharem em casa, se for possível e apropriado.
No caso de a OMS aumentar o grau de ameaça para o nível 6 (generalização da infecção em humanos) as empresas necessitam de ter um plano de gestão de crise que inclua elementos adaptados a uma pandemia, incluindo políticas de viagens de negócio, localização dos empregados, distanciamento social e rastreio médico, e planos e processos intensivos de consciencialização e comunicação, refere ainda a análise da consultora.
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