A verdade acerca das audiências de televisão e a publicidade:
Silogismo do tempo moderno:
1) As TV’s dependem de receita de publicidade
2) Para terem publicidade precisam de audiências
3) Para terem audiencias precisam de as captar
4) A Publicidade dirige-se a segmentos / clientes específicos
5) As audiências que veem os programas com mais audiências não são as que compram mais
6) A publicidade satura o espaço televisivo
7) Queda das audiências
8) Inversão das programações
Levado a escrever pela impaciência com o excessivo conteúdo publicitário que a programação televisiva hoje contem, assim como pelo conteudo excessivamente populista, muitas vezes afastado da verdade, que alguns noticiários de grupos de media defendem, pretendo salientar alguns aspectos importantes para a eficiência da publicidade:
As TV’s dependem em larga medida das receitas publicitárias para sobreviver, e para obterem estas receitas necessitam de audiências, e para obterem audiências necessitam de as atrair com o conteúdo que mais lhes agrade. Um aparente ciclo vicioso. Mas só aparente.
O conteúdo populista dirige-se, como o nome indica, à grande fatia da população, ora esta tem sido a que mais sofreu com a malfadada crise, e mesmo antes desta tinha um poder de compra reduzido.
Ora se o objectivo último da publicidade televisiva é aumentar as vendas do produto televisado, e se as classes sociais que vêm os programas populistas não são as que têm poder de compra, não estaremos perante uma falha na capacidade de análise dos anunciantes? Determinar qual o seu target é essencial, assim como onde e como comunicar a mensagem da empresa ao cliente.
Anunciar no meio de comunicação teoricamente com maior exposição não é garantia de exposição (ja para não falar no zapping), mas antes provavelmente targetting errado.
Conhecendo a teoria do “double jeopardy” de Elliot, as empresas não devem arriscar menor exposição nos media, pois isso pode-se traduzir numa efectiva redução da quota de mercado. No entanto, uma publicidade mais segmentada, dirigida ao nicho específico pode inclusivamente com menor investimento, conduzir a melhores resultados em termos de TOMA (top of mind awareness) e em vendas reais.
Em conclusão, pretendo alertar as TV’s para uma necessidade eminente de alteração da sua programação, uma vez que estão em risco de perder uma grande fatia da sua publicidade para outros meios de publicidade, como aqueles que são incisivos: tais como radio, jornais e outdoors.
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