Desde sempre, mesmo nas suas mais simples entrevistas, Kelly deu uma lição na análise às condições de mar, capacidades dos seus oponentes, pontos fortes deste e fracos daquele e sempre teve um factor determinante consolidado: a sua auto-confiança. Durante 4 anos (desde que regressou ao tour) essa confiança foi posta em causa, primeiro com o jogo sujo do team Billabong em Pipe (único WCT com heats de 4), e depois com sucessivos erros de avaliação e uma difícil recuperação até, diria eu, ao campeonato de abertura deste ano competitivo.
A capacidade de análise, interpretação dessa análise e construão de estratégias e tácticas bem sucedidas é um dos maiores trunfos doutras personagens do desporto mundial, bastaria ouvir falar o Senna (sobre condução à chuva), o Schumacher, o Agassi, o Tiger Woods, Michael Jordan, entre outros, para encontrarmos essa característica em comum entre eles. No entanto, a prova provada que nada disso é relevante sem uma forte auto-confiança são os ciclos de vitórias / derrotas que cada um deles sofreu ao longo das respectivas carreiras.
PS: Já agora, quem nunca mais teve um resultado digno de nota foi o Parko...quem sabe devido ao peso na consciência pela marcação cerrada que fez a Slater durante a final de Pipe. Agora que Slater reina de novo, será que Parko se sente redimido?
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